domingo, maio 15, 2005

"Eu não tenho nada a dizer, e o estou dizendo e isto é poesia"

Eu não conheço todas as pessoas do mundo, mas sei de uma que não é como todas as outras, não é ninguém (alguém, alguém, alguém) e devia estar no mundo assim que eu abrisse os olhos novamente.

Eu também não tenho nada a dizer e espero continuar assim até que as negações sejam vazias. Para mim.

Talvez desconhecidos tenham a capacidade de intervir. Passarei de casa em casa com folhetos explicativos.

De precisar descontar algo em alguém.

De não ter mais nada e não querer pensar.

De achar que esperar é melhor do que sumir.

De voltar no tempo como em qualquer filme barato e ir contando os boçais erros do dia-a-dia. O pior: querer voltar para consertá-los. Praticamente um pokémon.

De querer jogar fora uma máquina inteira; com teclado, monitor, CPU simplesmente porque ela tem uma cara de quem não quer fazer amigos.


Não é meu. John Cage de um possível interventor.