quarta-feira, março 30, 2005

Sou mais Manoel Carlos. Do que Glória Perez

A minha vontade oscila entre o que eu quero e ainda posso ter e aquilo que eu quero mais e nunca vou alcançar.

Dizer a verdade é privilégio de quem nunca precisou mentir.

Começo a entender Camus. E preciso esquecer que eu sempre pensei como ele. Desde sempre. Não somos obrigados a viver só porque temos órgãos em pleno funcionamento.

Estamos todos fingindo a vida.

Aí o Pedro Juan diz que Tudo pode parecer absurdo. Ou não. Certas fronteiras, só pisando pessoalmente. Quando se tenta repartir com outro, deixam de existir.

Acho que sim.

sábado, março 12, 2005

Toda a maldade de volta. Sem novelas. Tudo aquilo que puder trazer o mínimo de dignidade ao lar. Por favor.

Pergunta existencial. Se uma pessoa decide escalar o Everest sabendo o risco que corre, porque eu não recebo os parabéns ao fazer escolhas de câncer generalizado?

Fodam-se.

terça-feira, março 01, 2005

Da mediocridade

Você repete uma frase. Repete uma palavra. Quinze vezes, vinte, cinqüenta. No fim, ela não vai mais significar nada.

O tempo, a repetição do tempo. Vou esperar pela repetição de um dicionário completo de termos que quero esquecer. Quero rir de tudo aquilo que perder o sentido. Colecionar.

De um conjunto de idéias e sensações esdrúxulas e incômodas. Tenho que aprender a me distrair.