Fragmentos
\Pode comprar um nariz novo. Já teve pensamentos mais organizados. Antes, há muito. Ao conhecer tudo de ruim, prefere agora nunca ter colocado os pés fora de casa, onde é tudo rosa no fim da tarde, o filtro de barro, o cachorro sensível, as estantes cuidadosamente empoeiradas e cheias de alegrias em formatos diversos, as letrinhas, o porta-retrato em cima do piano de 1957, as louças na pia depois do almoço/\matar o mundo, porque a estética do suicídio individual sempre pareceu retrógrada, ultrapassada. Fazer o que ninguém fez antes, tentar originalidade no vasto universo de repetições. Matar o mundo, picar os pedaços e congelar. Pensa no dinheiro que não gasta nunca, por falta de vontade. E nas pessoas que não têm como comprar todas as vontades. Ao menos têm com o que sofrer. Uma falta específica, e não aquele enorme querer ser alguém e desaparecer simultaneamente/
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