terça-feira, maio 31, 2005

Mudança

Bem de novo, bem de novo.
De onde eu venho, chutar cachorro morto é muita sacanagem.
Decidi. Nada de Glória Menezes. Agora é Helena, que disse que só olha pra frente. E que vai à praia no próximo domingo.
Ou Meg White, dependendo da roupagem. Sol não me anima tanto assim.
Agora de franja.

I just don´t know what to do with myself

Encomenda surda II

The world has turned and left me here / just where I was before you appeared / and in your place / an empty space / has filled the void / behind my face

I just made love with your sweet memory / one thousand times in my head

Encomenda surda

Mudança
melhorar muito
moverás
milhares de mundos
manda me moer
((mudo era melhor))
massagem de ego pra você

Nada
agora com n
como queira
Não
morri mesmo?
Doeu de novo
Ferida aberta, quase secou.
Não foi desta vez
mas ainda chego no X
Bate no peito e esquece o que já foi. Lição aprendida
Nem precisava dizer que não há tempo para explicar.

ups and downs all over again
não foi mentira nada, apenas acabou
Tarcísio é meu e era você.
pisa um pouco mais!
Negacear / Namorado / Notícia / Negar / Norte

segunda-feira, maio 30, 2005

This is it

Cansou. Chegou ao fim.
Agora sim ficar bem.
Não fazer concessões, não sair um milímetro do planejado.
Eu, eu, eu, sem mais; sem menos.
Ó, vida. Ó.
- Ups and downs em cinco lições bem pagas. [Is this it?]
De-ja-vù


.: Pure and easy poetry :.

((Leave me alone))
I'm in control
I'm in control
And girls lie too much
And boys act too tough
(((Enough is enough)))

Well, on the
(((minds
Of other men
I know she was...
I said, Just take it or leave it)))
Just take it or leave it
Just take it or leave it
Just take it or leave it

domingo, maio 29, 2005

Por sanidade

O que eu quero agora é me esforçar para acreditar que me enganei profundamente com tudo o que aconteceu a enlouquecer tentando me convencer que sim, aquilo foi real, mas acabou assim.
Era tudo mentira, a mais pura mentira. O mundo está cheio de grandes mentirosos e pronto. Não acreditar facilmente. Mentir mais que os outros. Temos opções não-livres.
Com tapas na cara, água fria para acordar.
Já não tenho mais febre e, posso dizer, não sofrerei uma crise de asma. Como castigo, serei a pessoa mais saudável e feliz. Um princípio básico, a autodestruição sem fim, vias tortuosas, a contradição.
Por certo, o ponto de vista primordial de que todas as pessoas são iguais - exceto uma - foi provado. Podia ser eu, o vizinho, o mendigo, o menino rico, a colega, a gorda, a louca. E esta vitória levarei comigo, agora que nada me resta.
Eu, Glória Menezes. Você, Tarcísio Meira.
Uma novela inteira com um pouco de cientificidade ignorante.
E dizem que tem uma fila para andar.
Desisto!
(((Beware of maya´s on my mind, can´t stop it)))

Muito mais

Marrom
miocárdio
miudeza
matiz
melhor
monólogo
museu

I´m better off dead

E quem disse que a dor faz alguém crescer?
Se cada vez mais é com a dor que eu quero mais e mais o que eu não posso ter. Nada de ser melhor. Sempre pior.
menosprezo
meia-idade
megalomania
meticuloso
miserável
míngua
minar
moer
mofar

Regredindo

I may not always love you
But long as there are stars above you
You never need to doubt it
I'll make you so sure about it

If you should ever leave me
Though life would still go on believe me
The world could show nothing to me
So what good would living do me?

God only knows what I'd be without you

quinta-feira, maio 26, 2005

Mais Chet B.

I was a fool to fall and get that way

http://divirta-se.correioweb.com.br/materias.htm?codigo=1802

segunda-feira, maio 23, 2005

Am7 D7 Gm9 C6

There will be other lips that I may kiss,
But they won't thrill me like yours used to do.
Yes, I may dream a million dreams,
But how can they come true
If there will never ever be an-oth-er you

Metade

The thrill is gone
I can see it in your eyes
I can hear it in your sighs

Quando nada pode dizer

I've forgotten you just like I should
Of course, I have
Except to hear your name
Or someone's laugh that is the same
But I've forgotten you just like I should

Surtos Psicóticos e destemperos

Sem perceber, deixou que a dor tomasse o seu corpo de uma vez. Foi sem aviso, sem defesas, que todo aquele tremor nas mãos, a dilacerante dor no estômago e a vontade de gritar, voltaram. Pega de surpresa, de pijamas e descalça, ficou imóvel por mais de uma hora.

Pensa em rezar. Sinatra canta I did it my way no capricho, ao fundo, não deixa. Oração não basta. É preciso uma orquestra para avisar que ela fez merda por conta própria.

Escuta uma voz que sorri. Hi, I´m Melinda.
Melinda and Melinda.
Melancólico
martini
mudo
movido
mártir
mistura
motivo
moído

sábado, maio 21, 2005

Estou aqui

Nesta casa faz-se mal a todos e se recebe as conseqüências.
Nesta casa aceita-se impropérios de todos os níveis etimológicos e desprezos múltiplos.
Não exigimos comprovante de renda.
Pagamento adiantado, no ato ou parcelado em até 36 vezes.

sexta-feira, maio 20, 2005

Agora sim eu entendi

O meu dia de azar chegou e não há nada a fazer. Entrar para uma religião, para ter mais esperança, para ser mais espiritualizada etc etc.
Mas nem a certeza de que isso tudo vai passar me faz ficar bem, porque, em todo caso, se passou é sinal de que eu queria não pôde ser. A cada sensação boa qualquer, duzentos mil pesamentos ruins me lembram que isso tudo vai ser SUPERADO. Como eu odeio a idéia ter superado algo, superado o fato de não ter vivido o que eu queria viver.
Mas agora eu já sei que tudo é inútil, inclusive encher o coração de esperança, espiritualizar o que quer que seja.
Nem precisa dizer as horas.
Miró mudança Magritte metamorfose Monet motivo Modigliani metade Morris mínimo Munch migalha

quinta-feira, maio 19, 2005

Saúde ocupacional

((Matanza & Quinta-feira))

Rasgue as minhas cartas / O retrato que eu te dei/Eu que nunca me arrependo / Tá errado eu tô fazendo / Vai saber o que é normal / E só que eu posso lhe dizer / bom é quando faz mal / Se ainda tens não sei / Mas se tiver devolva-me / Mas uma coisa é boa eu devo admitir / Nessa vida quando morre é de uma vez/Daqui do inferno não tem jeito de fugir / Vou te explicar agora o que você me fez / Rasgue as minhas cartas e não me procure mais / Assim será melhor meu bem / O retrato que eu te dei / Se ainda tens não sei / Conseqüência qualquer coisa traz / Quando é bom nunca é demais / E se faz bem ou mal tanto faz, tanto faz, tanto faz / Mas se tiver devolva-me

Mais, mais, sempre mais

Queria ter mais sarcasmo.
Queria ir até o Paraguai e voltar, de carro.
Passo frio na estrada.
Saudades dos problemas criados.
Queria rir do Maradona, que vai "viver um ET em programa de TV", mas não consigo.
Queria analisar friamente o processo de seleção da Bienal. Escolheram uma professora de filosofia da USP para a curadoria. Não dá.
Um dia a mais é um dia a mais mesmo.
only you keep my eyes open wide.
Em letra tremida de folha de caderno
Mulheres
Mercados
modalidades
modestos
maricas.

quarta-feira, maio 18, 2005

Silêncio

A ânsia ainda não passou,
A vida ainda não melhorou.
Quem quero enganar se não me sinto nada bem?
Mosquito
Mala
moinho
matéria
modernismo
molécula
O outro que delimita as possibilidades de um. E tudo fica mais confortável se não se está perdido no vazio, mas amparado em um canto certo.
Eu odeio as mil possibilidades. Eu odeio a dor no meu estômago. Eu odeio o vazio em que me meti.

Horário regular, depois do trabalho

"De tanto fazê-la sentir que existia para ele, acabara fazendo com que realmente existisse"
Eu não sou a Francine. Mas bem que queria ser. O Camus.
Êxito e fracasso.
Hesitar sem conseguir.
Para não perder o costume. Para me arrepender depois, achar bem ridículo e apagar tudo.
Matar
manchar
maldito
mortificar
monstro.
Motriz
milenar
mímico
mimoso
marido

terça-feira, maio 17, 2005

All over again

13h31
De novo. De novo. Só eu sozinha.
Alegria pública que mata órgãos.
Mão
Madeira
Metro
Medida
Mofo
Moldura
Moveis.

Oil on canvas

Obrigada por estar aqui.
Em exame periódico de saúde ocupacional feito em má hora, o médico se assusta com o meu estado. Será que ele vai culpar a empresa? De toda forma, obediente que sou, passarei por exames de sangue. Triglicerídeos, ferro, T3 e T4 etc. Pressão baixa e arritmia cardíaca. Não morrerei disso. Como uma criança que não consegue prever o fim da dor, já me imagino na fila do INSS. Não é importante, não fará diferença.

Tudo é inútil, mas não dá para não lembrar da última lição idiomática que aprendi.
Bem feito para mim.
Toda vez que quero falar agora é com letrinhas. Nos horários habituais dos últimos sete meses.
m
e
o
u
i
t
s
e
é
a
s
m
o

segunda-feira, maio 16, 2005

Eu só quero o que me prometeram

domingo, maio 15, 2005

"Eu não tenho nada a dizer, e o estou dizendo e isto é poesia"

Eu não conheço todas as pessoas do mundo, mas sei de uma que não é como todas as outras, não é ninguém (alguém, alguém, alguém) e devia estar no mundo assim que eu abrisse os olhos novamente.

Eu também não tenho nada a dizer e espero continuar assim até que as negações sejam vazias. Para mim.

Talvez desconhecidos tenham a capacidade de intervir. Passarei de casa em casa com folhetos explicativos.

De precisar descontar algo em alguém.

De não ter mais nada e não querer pensar.

De achar que esperar é melhor do que sumir.

De voltar no tempo como em qualquer filme barato e ir contando os boçais erros do dia-a-dia. O pior: querer voltar para consertá-los. Praticamente um pokémon.

De querer jogar fora uma máquina inteira; com teclado, monitor, CPU simplesmente porque ela tem uma cara de quem não quer fazer amigos.


Não é meu. John Cage de um possível interventor.

sexta-feira, maio 13, 2005

.S.E.S.I.O.M

Não faça ninguém nunca na vida pensar que tudo é bom e vale a pena, se você mesmo não tiver certeza disso. A minha mediocridade é maior ainda quando todos estão longe. Se um dia eu quiser que tudo acabe bem, alugarei um filme. É idiota dirigir ouvindo Chet Baker como se tudo fizesse sentido. E não tem diferença de gosto. Tudo é um lixo.

Tudo dói em mim (ó, vida, ó).

Não é verdade que eu não preciso de ninguém, se um dia eu fiz parecer. Eu preciso de volta da única novidade que tinha aqui no meio de tanta coisa ruim. Tenho inveja de todas as pessoas desconhecidas, o passado delas está zerado, e, no futuro delas, pode estar incluída qualquer coisa que as ligue à minha novidade.

Mais ou menos assim ininteligíveis que as coisas são mesmo. É idiota passar frio com o cobertor ali do lado. Vai passar. Agora. Pronto.

Maldito seja o meu Paulo Mendes Campos.