domingo, fevereiro 26, 2006

Deixa o verão pra mais tarde

Fez um ano que o céu cor-de-rosa explodiu em estrelas de fogos de artifício barato, a banda não parou de tocar e o vendedor de pipoca fez seu dinheiro. O que não quer dizer absoltamente nada mais que a contagem de 365 dias a partir de um domingo. Urgentemente, é preciso saber a fórmula do esquecimento. Cheia de lirismo e razão. Hoje.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Persona non grata

Coleciono ódios.
Woody Allen e Hitchcock, suspense e comédia.
Hemingway e Melville, o peixe grande, a baleia.
Uma chata, o velho e o mar
Aprendo comparações.

Nothing more than feelings

Para salvar o resto do fim de semana, algumas coisas. Antes, dizer que trabalhei muito na sexta, no sábado e no domingo. Porque o futebol existe por todo o Brasil, porque os Rolling Stones fecharam Copacabana e porque o Bono Vox tinha assuntos para tratar com o presidente.

Precisava assistir o novo Woody Allen, saber qual era a piada desta vez. Porque sou cética mesmo com as classificações de filmes. Drama e W.A. no mesmo cartaz. Estava certa. Apesar de haver um assassinato "homem-mata-amante" – sim, esta é a surpresa do filme – a grande piada era o Hitchcock. Uma enorme piada de suspense. Quando saio da sala de cinema, vejo que o mundo está caindo. Malditos trópicos. O horário de verão não acabou? Espera, restaurante chinês que mais parece uma boate freqüentada por mafiosos orientais. Em Brasília, nunca se sabe.

No caminho, lembro do presente do dia. Colega de trabalho não liga para a caixa das maravilhosas balas de tangerina canadenses. Tudo bem, tive que impedi-lo de jogá-la no lixo. Uma caixinha de metal redonda ou uma embalagem de sabonete antiga. Não sei se foi isso ou a cor amarela. Crônica do Veríssimo. Uma mulher do tipo esposa neurótica que coleciona caixinhas, desesperadamente. E no fim – a surpresa –, depois de ser ridicularizada por todo mundo, ela mata o marido, pica o corpo em pedacinhos e guarda um pouco em cada caixa. Da série, minhas neuroses ainda podem me servir no futuro.

Com o filme e as dezenas de caixas – as tenho comigo, vazias – penso que se podem matar amantes e colocá-las lá também. Ou pessoas indesejáveis em geral; mais uma piada de suspense e podia ter o Hitchcock. Não me importaria.

Plena noite de domingo, chuva torrencial e os bares estão cheios. Aposto que nunca experimentaram gelatina de uva com vodka. De abraçar o sanitário sorrindo.

domingo, fevereiro 19, 2006

Fragmentos de poemas belos

Ouça-me bem amor,
preste atenção,
o mundo é um moinho,
vai triturar teus sonhos tão mesquinhos,
vai reduzir as ilusões a pó.
Presta atenção querida,
de cada amor tu herdarás só o cinismo,
quando notares estás à beira do abismo,
abismo que cavastes com teus pés.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Be welcome, jello shots

Pois acho que se fosse para dizer, diria não.
A não ser que fosse aquilo que eu tinha dito antes, mas não é.
Algo me perturba, e muito, no meu trabalho diário.
Gostaria que parassem definitivamente de invadir espaços meus.
Porque nem um conselho amigo eu posso dar.
No jornal não vai sair, mas por aqui tudo está assim bem como eu quero que esteja. Não mais sou expulsa.
Simplesmente pertenço a mim mesma.
Pela atenção, obrigada.

- E, mais tarde, andaremos só pela parte amarela do dia

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Re:

Envenenou-se ao tentar organizar mensagens antigas.
Alergia aos ácaros virtuais.
Morreu em nome da organização de pensamentos escondidos.
Eternal sunshine of a spotless mind
No flashes, please.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Estranhamente feliz

Ben, the two of us need look no more
We both found what we were looking for
With a friend to call my own
I'll never be alone
And you, my friend will see
You've got a friend in me
(You've got a friend in me)

** Ben, you're always running here and there/
You feel you're not wanted anyway**